Vigente há dois anos, a Nova Lei do Gás estabelece um novo marco para o setor de gás natural no Brasil, com o objetivo de aumentar a concorrência no mercado, atraindo novos investidores e, consequentemente, reduzindo os custos de produção e o preço final do insumo para o consumidor. A diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Symone Araújo, participou ativamente na construção do texto e detalha o histórico da Lei na nona edição do Vozes da Energia. No bate-papo, Symone também aborda a utilização do gás do Pré-sal para a reindustrialização e descarbonização da produção, a importância da diversificação do mercado de gás e da diversidade no setor de energia.
A entrevista tem início a partir de um panorama geral do processo histórico de introdução do gás natural no Brasil, desde estudos técnicos até programas de fomento. Symone compara a realidade brasileira com outros países do mundo, e lembra que, apesar de o País ter iniciado esse processo posteriormente, já podem ser observados diversos avanços e oportunidades. Quanto ao futuro, o gás natural tem um papel relevante para a descarbonização da indústria e para a reindustrialização. Para Symone, o insumo é fundamental na busca pela sustentabilidade. “Se eu não acreditasse que o gás é o combustível da transição, […] então eu não estava aqui, porque eu não faço o que eu não acredito”, afirma a diretora da ANP.
Recentemente, observou-se certo conflito nos discursos do ministro do Ministério de Minas e Energia e do presidente da Petrobras a respeito da reinjeção do gás natural. Para a Abrace, essa polarização é positiva, uma vez que cada agente está cumprindo com o seu papel, seja construindo um projeto de desenvolvimento com base em política pública, seja com uma visão voltada para o mercado. No entanto, a Associação defende que é fundamental que a ANP, como órgão regulador, deve avaliar e definir o real potencial do Brasil em relação à oferta de gás natural. Symone compartilha a visão da Abrace e afirma que é papel da Agência fazer a regulação na hora certa, de maneira célebre, eficiente, produtiva e transparente. “Então, pensando nisso, significa que nós, reguladores, temos que ter bom senso, nós temos que buscar a isonomia, a justiça nas nossas decisões. Mas no caso do gás, a gente tem a clareza da importância dessa agenda regulatória”, diz.
Symone Araújo também falou sobre concessões, gas release, diversidade e muito mais! Veja a seguir o episódio #9 do Vozes da Energia:
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