Rio de Janeiro discute regulação do mercado livre de gás natural

A Comissão de Orçamento e de Minas e Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) promoveram audiência pública, em 8 de agosto, para tratar da implementação do livre mercado de gás no Estado. A Abrace participou da ocasião representada pelo diretor de gás natural, Adrianno Lorenzon, que lembrou que o gás natural representa uma oportunidade para o Brasil promover a neoindustrialização e aumentar a participação da indústria na economia brasileira.

Em sua fala, Lorenzon, afirma que o gás natural tem o potencial de trazer desenvolvimento, emprego, aumentar a renda e o bem estar social da população brasileira. Além disso, o insumo tem um papel fundamental no cenário de descarbonização a partir da substituição de combustíveis mais poluentes. Apesar disso, o diretor da Abrace chama a atenção para o custo dessa transição energética, uma vez que deve-se pensar não apenas na redução de emissões, mas também na sustentabilidade do negócio. “A gente tem que olhar também a questão do custo. Essa transição tem que parar de pé economicamente. Para o gás natural substituir o carvão, por exemplo, ele tem que ter um custo mais competitivo do que o praticado atualmente”, disse. Uma alternativa para o mercado alcançar preços mais competitivos é o aumento da oferta e da força da concorrência. Lorenzon cita a entrada de novos ofertantes no mercado brasileiro em 2022, que resultou em uma redução de 15% dos preços praticados pelos competidores em relação ao preço da Petrobras.

Ainda no debate levantado na Alerj, acerca da implementação do livre mercado de gás no Rio de Janeiro, o diretor de gás natural reitera que atualmente são poucos os consumidores livres no Brasil e aponta os possíveis motivos para isso. “Primeiro, ainda há uma concentração grande do lado da oferta que limita o desenvolvimento da competição por esse mercado de varejo e, o outro, é que as regulações estaduais ainda trazem dificuldades pra o consumidor comprar diretamente de um supridor”, afirma. Para ele, é preciso retirar as incertezas e estabelecer regras claras para ter previsibilidade e o mercado conseguir avançar.

Veja a seguir a íntegra da audiência pública na Alerj:

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