O caminho da sustentabilidade energética passa pelo gás natural

Por Juliana Rodrigues, Especialista de Energia da Abrace

Na clássica obra de Lewis Carroll (1832-1898), um dos momentos mais emblemáticos é quando Alice encontra o Gato de Cheshire e o aborda para questionar qual caminho ela deveria tomar para sair do local onde se encontrava. A resposta: “Depende muito de onde você quer chegar”. A brilhante analogia nos ensina que sem planejamento podemos até chegar em algum lugar, mas teremos que caminhar bastante. E serve perfeitamente para o momento atual, com uma grande questão: qual prioridade energética será dada ao gás natural no Brasil, que assume um papel cada vez mais importante no contexto inadiável de transição para uma matriz de baixo carbono?

Há muito se vem trabalhando para convergir em uma agenda que possa desenvolver esse mercado, trazendo diversidade na oferta e competitividade dos preços. E urgência é uma palavra muito utilizada neste setor, que há anos espera por uma reforma disruptiva. Apesar dos bons resultados iniciais percebidos, há ainda muito o que fazer para termos um mercado plenamente concorrencial, capaz de entregar um gás a preços competitivos e transformador da realidade brasileira.

Por ser um setor altamente regulado, devido às suas especificidades e estrutura, qualquer projeto nesse sentido não vai parar de pé se não dermos atenção para a formação de um arcabouço regulatório robusto e consistente. O avanço regulatório é ainda mais imprescindível, tendo em vista que o gás natural pode ser um vetor de transição pelo potencial de substituir outros combustíveis fósseis mais poluentes e em facilitar a rota tecnológica e aumentar o uso de outras fontes renováveis, como o biogás e o biometano. Também, se destaca pela importância no desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis como, por exemplo, o hidrogênio.

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Este artigo foi publicado no portal Poder360, em 11/12/2023

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