A carroça, os bois e a transição energética

Por Juliana Rodrigues, Especialista de Energia da Abrace

Para administrar minha ansiedade infantil de querer tudo ao mesmo tempo, meu pai costumava utilizar um velho e sábio ditado: é preciso aprender a não passar a carroça na frente dos bois. Aquelas palavras me acompanharam pela vida. Hoje me pergunto, ao olhar as diversas propostas que estão sendo discutidas para a transição energética brasileira, se não estamos a passar o carro na frente dos bois.

Não é novidade que o Brasil é referência mundial em energias renováveis e tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. Contamos com recursos abundantes e diversos para transitar energeticamente, ao mesmo tempo em que podemos oferecer à sociedade que essa transição ocorra de forma equânime e sustentável. Contudo, estamos discutindo diversas alternativas sem um olhar integrado e sistêmico para desenvolver essa transição de forma segura e com economicidade.

Achei interessante o gráfico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que ilustra o índice de Gini elétrico, coeficiente criado como instrumento para medir a concentração de renda, que varia numericamente de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior é a situação de desigualdade.

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Este artigo foi publicado no portal Jota, em 08/05/2024

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