Por Jéssica Guimarães, Analista de Energia da Abrace
Chegamos ao tradicional momento das retrospectivas do ano. Para o setor elétrico, 2023 foi um ano com fortes moções e a boa notícia foi que tivemos um período chuvoso altamente satisfatório. Chegamos em dezembro, final o período seco, com índices elevados nos reservatórios, com 63,7% de armazenamento, depois de atingir eu ápice no final de março, com impressionantes 85,3% de armazenamento no Sistema Interligado Nacional SIN), considerado o melhor nível para o início do período seco desde 2007.
No entanto, quando avaliamos as decisões nas mais diversas esferas, o cenário muda. Em 2023 tivemos o desenrolar dos processos atinentes às térmicas do Processo Competitivo Simplificado (PCS), que ocorreu em 2021, devido à iminente crise hídrica vivenciada pelo país, onde se realizou uma contratação a valores levadíssimos para que as usinas entrassem no curto prazo. A maioria delas não conseguiu seguir as regras do leilão e, ao contrário da lógica, o contrato não foi cumprido e, mesmo assim, algumas conseguiram gerar, amputando custos bilionários aos consumidores.
Das decisões tomadas, a que mais impactará a tarifa do consumidor é o caso da geração das usinas da KPS, também contratadas via PCS. Apesar do descumprimento o contrato, o TCU decidiu manter as quatro usinas gerando, garantindo o período de suprimento por 44 meses, o que faz com que seja necessário alterar a data de fim do suprimento para maio de 2026.
[…]Este artigo foi publicado no portal Jota, em 13/12/2023
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