Por Paulo Pedrosa, presidente executivo da ABRACE Energia
Nos últimos dias tem crescido a sensação, refletida nos meios de comunicação, que estamos próximos de um racionamento de energia elétrica e que a solução estaria nas usinas termelétricas. Mas, essa opção “salvadora” está suportada em uma premissa equivocada.
Ao contrário das crises que levaram ao racionamento no passado, hoje os reservatórios das hidrelétricas estão confortáveis, são menos importantes do que já foram e temos de sobra —e talvez até em excesso— energia solar e eólica, o que nos permite aguardar com tranquilidade o início do próximo período chuvoso.
Contratar térmicas movidas a carvão, óleo ou gás natural para garantir o fornecimento de energia no longo prazo seria combater a crise climática promovendo quem lhe deu causa. Essa escolha não só comprometeria ainda mais o meio ambiente com o aumento das emissões, como também penalizaria a população, que veria suas contas de luz subirem e o custo de vida aumentar em decorrência de uma energia mais cara.
[…]Este artigo foi publicado na Folha de S. Paulo, em 25/09/2024
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