Por Victor Hugo iOcca, diretor de energia elétrica da ABRACE Energia
Nos últimos meses, a movimentação oportunista de alguns agentes do setor elétrico provocou a sensação artificial de que estamos à beira de uma crise energética. Essa narrativa tem como objetivo justificar o acionamento antecipado de usinas térmicas, mais caras e poluentes.
A médio prazo, pretende-se justificar a necessidade de contratação de potência adicional sem competição econômica. O resultado seria catastrófico: mais aumento na tarifa do consumidor, mais custo para a indústria nacional e, claro, menos desenvolvimento, criação de emprego e renda.
Hoje, o Brasil conta com um nível de armazenamento de energia confortável nos seus reservatórios. Comparando os dados de 2024 com o histórico dos últimos 15 anos, os níveis percentuais de energia armazenada no SIN (Sistema Interligado Nacional) são semelhantes aos dos anos de 2010, 2012 e 2022. Só em 2011 e 2023 apresentaram níveis superiores, enquanto em outros 9 períodos da amostra, níveis inferiores, inclusive aqueles que representaram, de fato, crise energética, como em 2014, 2018 e 2021.
[…]Este artigo foi publicado no Poder360, em 25/08/2024
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