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O setor elétrico, a Matrix e o mundo real

Por Fernando Teixeirense, Diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Abrace

Lançando em 1999, o filme Matrix fez um tremendo sucesso ao tratar de dois mundos diferentes. Na trilogia, as pessoas acreditavam que a vida que viviam era real quando, de fato, não passava de uma mentira, realidade virtual projetada em suas mentes por máquinas. A sensação de quem trabalha no setor elétrico e, especialmente, faz relações institucionais, é parecida.

Toda semana um novo projeto, medida provisória, emendas, etc, aparecem com o mesmo intuito: tirar custos de um agente e repassar para outro, normalmente o consumidor. Tem sido assim nos últimos anos e agora vemos o setor perto do colapso.

A Conta de Desenvolvimento Energético, a famosa CDE, já vai ultrapassar os R$ 40 bilhões. Os subsídios para fontes renováveis não param de ser renovados, mesmo as fontes eólica e solar sendo as mais competitivas do mercado. E, pasmem, se acumulam no Congresso projetos que prorrogam o subsídio ao carvão! Em pleno 2024, o lobby para gerar energia do carvão no país das fontes renováveis está ganhando espaço.

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Este artigo foi publicado no portal EPBR, em 04/07/2024

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