Por Fernando Teixeirense, Diretor de Relações Institucionais e Comunicação da ABRACE Energia.
Mais uma vez, o Brasil está perdendo uma oportunidade na transição energética, de usar nosso potencial energético para transformar a sociedade brasileira. Contamos com baixa intensidade de emissões de carbono, com cerca de 84% da matriz elétrica limpa, enquanto no resto mundo a média é de só 30%.
Temos um grande parque hidrelétrico, com uma capacidade instalada de mais de 100 GW e potencial para mais 70 GW. Além disso, temos condições para continuar descarbonizando a matriz elétrica.
Temos um corredor de vento no Nordeste, com fator de capacidade eólica até 50% maior que a média global, e uma irradiação solar elevada por todo o país, com média de 5 kWh/m², no qual o ponto menos ensolarado do Brasil tem maior irradiação que o mais ensolarado da Alemanha.
E estamos começando a explorar estes potenciais solares e eólicos. Em 2023, tivemos um recorde na expansão da capacidade com mais 10 GW instalados no ano, dos quais 90% em usinas solares e eólicas. Enquanto temos todo esse potencial para produzir energia limpa, barata e segura, insistimos na estratégia de ser o país da energia barata e da conta cara. Os altos custos e o maior preço da energia em 2021 e 2022 levaram a quedas estimadas de R$ 8,2 bilhões e R$ 14,2 bilhões para o PIB, respectivamente.
[…]Este artigo foi publicado no Poder360, em 19/12/2024
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