Por Paulo Pedrosa, Presidente Executivo da Abrace Energia
Como os fractais, os problemas do Brasil repetem um padrão do micro ao macro. E esse padrão é focar em soluções individuais, esquecer o coletivo e não pensar nas consequências. Sonhamos com condomínios fechados, carros blindados, planos de saúde e escolas particulares –enquanto temos medo de andar nas ruas. E agora nesse sonho ainda colocamos carros elétricos importados abastecidos por painéis solares também importados —tudo suportado por isenções e subsídios transferidos aos outros.
A energia limpa, segura e barata é uma das maiores vantagens comparativas do Brasil e poderia ser a base de uma estratégia de desenvolvimento que alcaçaria a todos. E ela vem sendo destruída sistematicamente para atender aos mais diversos lobbies.
Nas últimas semanas, duas pautas colocaram em xeque essa oportunidade. A primeira, a derrubada de alguns dos vetos aos “jabutis” inseridos na lei das eólicas offshore, que, para atender a alguns interesses políticos e econômicos impõem a todos custos injustificáveis e favorecem fontes mais poluentes e caras. A segunda ronda a medida provisória nº 1.300, que tem o objetivo de modernizar o setor elétrico.
[…]Este artigo foi publicado na Folha de S. Paulo, em 01/07/2025
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