Por Victor Iocca, Diretor de Energia Elétrica da ABRACE Energia
O Brasil vive um paradoxo: enquanto celebra a manutenção da renovabilidade da sua matriz elétrica com expansão das fontes renováveis, cresce o número de usinas que precisam ser desligadas por excesso de energia no sistema. Esse fenômeno, conhecido como curtailment, é hoje um dos maiores desafios da transição energética e ameaça a competitividade da indústria nacional.
Nos últimos 15 anos, o avanço dos parques eólicos, solares e da mini e microgeração distribuída, impulsionado pela queda dos custos e por subsídios generosos, gerou uma oferta de energia muito superior à demanda em diversos momentos do dia. O resultado tem sido o aumento de cortes forçados de geração.
Segundo estimativas da associação Abrace Energia, até setembro de 2025 o impacto financeiro acumulado desses cortes ultrapassa R$ 4,4 bilhões. Somente neste ano, a geração solar sofreu cortes médios de 25%, e a eólica, de 15%. O problema, que afeta diretamente os geradores, mas também indústrias com projetos de autoprodução, tende a se agravar pelo menos até 2029.
[…]Este artigo foi publicado no portal Jota, em 30/10/2025
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